domingo, 3 de junho de 2012

transposição do rio são francisco


O projeto de transposição do Rio São Francisco  é um tema bastante polêmico, pois engloba a suposta tentativa de solucionar um problema que há muito afeta as populações do semi-árido brasileiro, a seca; e, ao mesmo tempo, trata-se de um projeto delicado do ponto de vista ambiental, pois irá afetar um dos rios mais importantes do Brasil, tanto pela sua extensão e importância na manutenção da biodiversidade, quanto pela sua utilização em transportes e abastecimento.

 Argumentos favoraveis
 O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semi-Árido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem.

  Argumentos contrarios
Por outro lado, a corrente contra as obras de transposição do Rio São Francisco afirma que a obra é nada mais que uma “transamazônica hídrica”, e que além de demasiado cara a transposição do rio não será capaz de suprir a necessidade da população da região uma vez que o problema não seria o déficit hídrico que não existe, o problema seria a má administração dos recursos existentes uma vez que a maior parte da água é destinada a irrigação e que diversas obras, que poderiam suprir a necessidade de distribuição da água pela região, estão há anos inconclusas.
Para se ter uma idéia, o nordeste é a região mais açudada do mundo com 70 mil açudes nos quais são armazenados 37 bilhões de m³ de água. Portanto, o problema da seca poderia ser resolvido apenas com a conclusão das mais de 23 obras de distribuição que estão paradas nos municípios contemplados pela obra de transposição a um custo muito mais barato e viável do que a transposição do maior rio inteiramente nacional.

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linha do tempo do nordeste brasileiro


   A ocupação do Brasil teve início a partir de sua faixa litorânea. Os núcleos litorâneos desenvolveram-se em função da exploração de produtos extrativos e da produção agrícola voltada  para a exploração, indicando um vínculo e uma fraca articulação com o interior do território. Essa primeira etapa de ocupação territorial foi caracterizada por atividades predatórias voltadas para extração da madeira. Posteriormente, o governo português concentrou esforços para difusão da produção de cana-de-açúcar, apesar das dificuldades com o meio físico, da hostilidade dos índios, dos altos custos dos meios de transporte e da escassez da mão de obra, fatos que foram compensados pelo preço do açúcar no mercado europeu.


Século XVI: No século XVI, Portugal se interessava em incluir o Nordeste no capitalismo comercial internacional.
A região se tornou a principal economia do país graças à sacarose exportada. Nessa época os anglo-franceses e nativos tentavam de opor ao expansionismo das potências ibéricas. Os principais exportadores da sacarose e as maiores economias eram Paraíba, Itamaracá, Pernambuco (se destacando Olinda) e Bahia. Também tinha o comércio de pau-brasil.



Século XVII: A região passa a dominar a pecuária brasileira. Após a conquista dos espanhóis contra anglo-franceses e nativos, os holandeses atacam. Nessa altura havia dezenas de indústrias exportadoras de sacarose.



Século XVIII: O sul da Bahia se destaca com o fumo e o cacau. Minas Gerais passa a ser o eixo econômico do país com sacarose, pecuária e minério a pecuária crescem lá, o que faz com que o Nordeste tenha uma queda nesse setor.
Século XIX: A produção de açúcar e algodão entra em declínio, porém permaneceu no espaço nordestino até os dias atuais e a principal atividade agrícola da região continua sendo a monocultura da cana de açúcar.


Século XX: Com o desenvolvimento da economia cafeeira e posteriormente industrial, grandes grupos de trabalhadores começaram a migrar do Nordeste para o Centro-sul. Produção de algodão no sertão e arroz no Maranhão.

Século XXI: A economia do Nordeste volta a ganhar fôlego e cresce acima da média e muitas indústrias começam a surgir.